domingo, 3 de maio de 2009
Primeira vez
Isadora sentiu um arrepio quando suas amigas a convidaram para tomar um vinho à noite na casa de Vinícius. Ela já o achava um homem interessante e depois que ouviu dizer que ele havia massageado os pés de Paula naquela tarde, a empolgação aumentou. Era como se ela estivesse antecipando, em seus pensamentos, o que poderia acontecer. Seria a oportunidade de experimentar o prazer que ouviu dizer que um podólatra pode dar ao tocar os pés de uma mulher.
Tomou banho, colocou uma calcinha lilás, pequena e charmosa, passou óleo demoradamente em seus pés imaginando-os sendo beijados. Sua excitação aumentava com essas imagens e o andar dos ponterios. Assim, foi para o encontro das meninas que já a esperavam.
Chegaram logo à casa de Vinícius, pois morava no bairro vizinho, e ele as recebeu na porta com um largo sorriso. Um lugar que misturava o rústico e o chique, emoldurado pelo som de animais noturnos. Todos tiraram os sapatos à porta antes de entrarem, hábito da casa. A partir desse momento, Vinícius não tirou mais os olhos dos pés de Isadora, ainda com meias. Ela podia sentir-se queimando por dentro.
Meia luz. Vinícius era médico, fotógrafo amador, naturalista e morava sozinho, ou quase.
As amigas, duas se sentaram juntas, numa rede da varanda a outra no chão de maneira muito despojada. Isadora se sentou na outra rede e aceitou o vinho quente tinto servido em uma caneca. Vinícius ainda estava de pé, mas logo buscou um cantinho ao seu lado, colocando Isadora entre suas pernas.
Essa posição fez com que Isadora se encaixasse de tal maneira no corpo do anfitrião que ela chegou a suspirar e pensar que não conseguiria sair dali nunca mais. Ele, imediatamente, pegou seus pés e começou a massageá-los. A conversa rolava solta entre os cinco, era divertida, espontânea e inteligente. A essa altura Isadora já estava sem meias e seus pés, aninhados na barba mal feita de Vinícius que a fitava firmemente.
Vinícius, de quando em quando, cheirava profundamente os pés macios de Isadora, que tentava se concetrar na conversa das amigas. Cheirava-os e beijava-os. Ela jurava que poderia enloquecer de prazer só de olhar para a cara de tesão daquele homem. Ele não teve piedade, começou a passar a língua em seus dedinhos, chupando-os ora delicadamente, ora com voracidade. Isadora sentiu-se molhada até à alma. Ele mordia-lhe a sola dos pés, passando seus dentes por toda a base.
Era isso então?! Que prazer imenso... Isadora lenvantou-se num sobressalto, era casada, seu amado estava trabalhando por toda a madrugada e ela, mesmo carente, não deveria estar ali. Foi embora. Não conseguiu dormir aquela. Voltaria a casa de Vinícius um outro dia?
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